Desafios e alternativas da neutralização da subjetividade na cultura da modernidade
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
O artigo discute os processos de construção do conhecimento na sociedade contemporânea, considerando: 1- O desenvolvimento de perspectivas acerca do conhecimento na matriz cultural ocidental, apontando que a interpretação da realidade muda conforme as dinâmicas sociais, num processo reflexivo, ampliando as camadas de complexidade de compreensão do social; 2 Os desafios combinados da neutralização da subjetividade e da anulação da experiência, amplificados na era digital do século XXI, e o surgimento de formas sociais de construção de conhecimento mais reflexivas, que consideram novos sujeitos coletivos e os insumos proporcionados pelos debates em torno das questões decoloniais, ambientais e de gênero. O texto faz um breve apanhado do contexto histórico e do desenvolvimento da discussão teórica atual em torno do tema. Conclui-se, finalmente, pela importância da reflexão sobre mecanismos de construção do conhecimento que rompam com a hegemonia cultural da neutralização da experiência intersubjetiva, retomando-a como o próprio motor da Cultura.
conocimiento, experiencias, pensamiento decolonial, subjetividades, saberes tradicionalesknowledge, experiences, decolonial thought, subjectivities, traditional knowledgeconhecimento, experiência, pensamento decolonial, subjetividades, saberes tradicionais
Berger, P., e Luckmann, T. (1966). The Problem of the Sociology of Knowledge. Em P. Berger e T. Luckmann, The Social Construction of Reality: A Treatise in the Sociology of Knowledge (pp. 13-30). Penguin Books.
Bloch, M. (2014). Apologia da história ou o ofício do historiador. Zahar.
Burke, P. (2003). Uma história social do conhecimento I: de Gutemberg a Diderot. Zahar.
Burke, P. (2014). Uma história social do conhecimento II: da Enciclopédia à Wikipédia. Zahar.
Canclini, N. G. (2019). Culturas híbridas. EDUSP.
Cunha, M. C. (2007). Relações e dissensões entre saberes tradicionais e saber científico. Revista USP, (75), 76-84. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.v0i75p76-84
Erik-Mai, J. (2016). Marginalization and Exclusion: Unraveling Systemic Bias of Classification. Knowledge Organization, (43), 324-330. http://jenserikmai.info/Papers/2016_festschrift.pdf
Gross, M. (2012). “Objective Culture” and the Development of Nonknowledge: Georg Simmel and the Reverse Side of Knowing. Cultural Sociology, 6(4), 422-437. https://doi.org/10.1177/1749975512445431
Gutiérrez, A. G. (2013). La organización del conocimiento desde la perspectiva. Perspectivas em Ciencia da Informação, 18(4), 93-111. https://doi.org/10.1590/S1413-99362013000400007
Hui, Y. (2020). Tecnodiversidade. Ubu Editora.
Jenkins, H. (2009). Cultura da convergência. Aleph.
Kopenawa, D., e Albert, B. (2015). A queda do céu. Schwarzc. https://leiaarqueologia.files.wordpress.com/2017/08/davi_kopenawa___bruce_albert_-_a_queda_do_c_u.pdf
Krenak, A. (2020). A vida não é útil: ideias para salvar a humanidade. Penguin Random House.
Latour, B. (2000). Redes que a razão desconhece: laboratórios, bibliotecas, coleções. Em C. J. Marc Baratin, O poder das Bibliotecas. A memória dos livros no Ocidente (pp. 21-44). UFRJ.
Latour, B. (2020). Onde aterrar? – Como se orientar politicamente no Antropoceno. Bazar do tempo.
Morozov, E. (2018). Big Tech: a ascensão dos dados e a morte da política. Ubu Editora.
Ortiz, R. (2015). A polissemia das palavras. Em R. Ortiz, Universalismo e diversidade (pp. 13-35). Boitempo.
Regattieri, L. L., e Antuon, H. (2018). Algoritmização da vida e organização da informação: Considerações sobre a tecnicidade no algoritmo a partir de Gilbert Simondon. Liinc Em Revista, 14(2). https://doi.org/10.18617/liinc.v14i2.4304
Ribeiro, G. L. (2014). Outras globalizações: cosmopolíticas pós-imperialistas. EDUERJ.
Schutz, A. (1946). The Well-Informed Citizen: An Essay on the Social Distribution of Knowledge. Social Research, 13(4), 463-478.
Schutz, A., e Luckmann, T. (1973). Concerning the Structure of Negative Knowledge. Em A. Schutz e T. Luckmann, The Structures of the Life-World (v. 1., pp. 163-178). Northwestern University Press.
Sevcenko, N. (2012). A corrida para o século XXI: no loop da montanha russa. Companhia das Letras.
Tálamo, M. de F. G. M., e Smit, J. W. (2007). Ciência da informação: pensamento informacional e integração disciplinar. Brazilian Journal of Information Science, 1(1), 33-57. https://doi.org/10.36311/1981-1640.2007.v1n1.03.p33
Wersig, G. (1991). Information Science: The Study of Postmodern Knowledge Usage. Information Processing and Management, 29(2), 229-239. https://doi.org/10.1016/0306-4573(93)90006-Y
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.